A festa da Banda Desenhada e da Animação chega, finalmente, na próxima sexta-feira, dia 19, a outras paragens do país, com a inauguração do Lubango Cartoon, que vai ajudar a dinamizar esta arte e aumentar a troca de experiências entre os criadores e o público na Huíla.
A iniciativa, que decorre até ao dia 21, inclui a realização de seminários e de uma exposição de Banda Desenhada, a ter lugar na Mediateca do Lubango, além de várias sessões de caricaturas ao vivo, em diversos pontos da capital da Huíla.
Segundo o cartoonista e um dos organizadores da iniciativa, Lindomar de Sousa, o Lubango Cartoon vai permitir conhecer os jovens talentos da província. “É preciso apostar mais na nova geração de criadores nacionais, de maneira a assegurar, condignamente, o futuro da Banda Desenhada angolana, particularmente agora que já existe um público interessado nesta arte”, sublinhou.
Dentro do projecto de consolidação e maior divulgação a nível nacional da Banda Desenhada, a Olindomar Estúdios vai recolher todos os trabalhos dos jovens criadores da Huíla para os divulgar em Luanda. “Continuamos a ter um mercado muito restrito, particularmente no campo da arte, já que tudo ainda se limita a Luanda”, desabafou o artista.
A ideia de apostar noutros mercados vai possibilitar expandir mais o crescimento da BD e permitir a criação de núcleos noutras províncias. “No futuro, estes jovens vão poder assegurar festivais como o Luanda Cartoon nas suas próprias regiões”, explicou o cartoonista.
A Olindomar Estúdios está a trabalhar com o Governo Provincial da Huíla neste projecto, no qual participam 20 artistas angolanos – os mesmos que participaram no Luanda Cartoon. “A actividade é também uma forma de facilitar a proximidade entre os criadores e o público. Como as pessoas ainda não têm o hábito de ir às galerias e museus, o Lubango Cartoon vai permitir aos artistas irem ao encontro destes”, adiantou.
Lindomar de Sousa acrescentou que o número reduzido de publicações se deve, particularmente, à falta de apoios financeiros. “Portanto, vamos fazer, em três dias e com o que temos, uma festa, com capacidade de mostrar o estado e a qualidade da Banda Desenhada angolana”, justificou.
O cartoonista realçou ainda que depois do Lubango Cartoon, a Olindomar Estúdios tem planos de realizar uma nova festa desta arte nas províncias de Benguela e Cabinda. “Já enviámos as propostas aos governos provinciais. Esperamos agora por uma resposta”, rematou.
Faltam editoras
Um dos principais problemas para o crescimento da Banda Desenhada em Angola é a falta de editoras especializadas. Apesar de já existir um público ávido, mais criadores a emergirem no mercado, não só qualitativa, mas também quantitativamente, a falta de editoras ligadas, especificamente, à Banda Desenhada é um empecilho.
“É uma realidade que precisa de uma reviravolta imediata, caso queiramos dar um outro alento a este género, pois não pode haver mudança se as pessoas não tomarem, cada vez mais, contacto com os livros do género”, explicou. Para Lindomar de Sousa, o preço exorbitante cobrado pela maioria das gráficas do país é outro problema que, quando associado à falta de editoras, põe a Banda Desenhada praticamente “às costas dos seus criadores”.
“Hoje, é mais fácil editar e publicar um livro a partir de uma gráfica e de uma editora estrangeira. Porém, o custo dos livros chega a ser tão alto, que muitos dos criadores acabam por desistir ou ‘engavetar’ os seus trabalhos”, lamentou.
De acordo com o artista, o crescimento do número de autores de Banda Desenhada é já uma realidade, mas a abertura de mercado continua a ser um grande obstáculo. “Mesmo os jornais, que deviam, à excepção de alguns, como o Jornal de Angola que publica cartoons todos os dias, ser um meio para difusão da Banda Desenhada, relegam-na para um lugar secundário”, rematou.A festa da Banda Desenhada e da Animação chega, finalmente, na próxima sexta-feira, dia 19, a outras paragens do país, com a inauguração do Lubango Cartoon, que vai ajudar a dinamizar esta arte e aumentar a troca de experiências entre os criadores e o público na Huíla.
A iniciativa, que decorre até ao dia 21, inclui a realização de seminários e de uma exposição de Banda Desenhada, a ter lugar na Mediateca do Lubango, além de várias sessões de caricaturas ao vivo, em diversos pontos da capital da Huíla.
Segundo o cartoonista e um dos organizadores da iniciativa, Lindomar de Sousa, o Lubango Cartoon vai permitir conhecer os jovens talentos da província. “É preciso apostar mais na nova geração de criadores nacionais, de maneira a assegurar, condignamente, o futuro da Banda Desenhada angolana, particularmente agora que já existe um público interessado nesta arte”, sublinhou.
Dentro do projecto de consolidação e maior divulgação a nível nacional da Banda Desenhada, a Olindomar Estúdios vai recolher todos os trabalhos dos jovens criadores da Huíla para os divulgar em Luanda. “Continuamos a ter um mercado muito restrito, particularmente no campo da arte, já que tudo ainda se limita a Luanda”, desabafou o artista.
A ideia de apostar noutros mercados vai possibilitar expandir mais o crescimento da BD e permitir a criação de núcleos noutras províncias. “No futuro, estes jovens vão poder assegurar festivais como o Luanda Cartoon nas suas próprias regiões”, explicou o cartoonista.
A Olindomar Estúdios está a trabalhar com o Governo Provincial da Huíla neste projecto, no qual participam 20 artistas angolanos – os mesmos que participaram no Luanda Cartoon. “A actividade é também uma forma de facilitar a proximidade entre os criadores e o público. Como as pessoas ainda não têm o hábito de ir às galerias e museus, o Lubango Cartoon vai permitir aos artistas irem ao encontro destes”, adiantou.
Lindomar de Sousa acrescentou que o número reduzido de publicações se deve, particularmente, à falta de apoios financeiros. “Portanto, vamos fazer, em três dias e com o que temos, uma festa, com capacidade de mostrar o estado e a qualidade da Banda Desenhada angolana”, justificou.
O cartoonista realçou ainda que depois do Lubango Cartoon, a Olindomar Estúdios tem planos de realizar uma nova festa desta arte nas províncias de Benguela e Cabinda. “Já enviámos as propostas aos governos provinciais. Esperamos agora por uma resposta”, rematou.